Mapeamento Geotécnico
Mapeamento Geotécnico da Folha de Cosmópolis/SP
Metodologia

    O desenvolvimento progressivo na utilização de metodologias utilizadas em outros países, com características próprias para aplicações nas áreas onde foram produzidas, fez com que alguns pesquisadores começassem a se preocupar com adaptações às condições econômicas, sociais e do meio físico dos locais onde seriam aplicadas.

    Verificou-se na tese "Análise Crítica da Cartografia Geotécnica e Proposta Metodológica para as Condições Brasileiras" de Zuquette (1987), a preocupação do mesmo em delinear uma proposta que viesse a contribuir com a área de mapeamento geotécnico, considerando na sua elaboração a relação custo/benefício sem prejuízo do nível técnico.

    Concebida principalmente para o uso entre as escalas 1:50.000 e 1:10.000, ela proporciona aos profissionais da área uma alternativa às propostas de autores de outros países, muitas vezes impróprias para a realidade das condições de análise dos terrenos do País. Constituiu-se assim, na primeira tentativa de orientação destes profissionais na produção de documentos para auxiliar os planejadores nas tomadas de decisões quando da gestão do meio físico, seja ele urbano ou rural.


    1.1. Classificação dos Documentos

    Na classificação dos documentos que fazem parte do mapeamento geotécnico, os preceitos relacionados à escala, à finalidade e à forma de apresentação são fundamentais para se alcançar os objetivos pretendidos.

    Zuquette (1987) os classifica, em função da escala, em: Escalas Gerais - menores que 1:100.000; Escalas Regionais - de 1:100.000 a 1:25.000; e Escalas Semi-detalhadas - de 1:25.000 a 1:10.000. Não aconselha o uso de escalas maiores que 1:10.000, por considerar que o volume de informações suplantaria aquele necessário para a investigação local, descaracterizando portanto, o propósito do mapeamento.

    A finalidade do mapeamento em escala geral é orientar o desenvolvimento de grandes extensões territoriais, possibilitando que mapeamentos em escalas maiores possam ser realizados em áreas de interesse restrito. As informações devem ser qualitativas, não definindo zoneamentos para a forma ou modo de ocupação. Os atributos a serem considerados são: condições geomorfológicas, ocorrência de materiais rochosos e/ou inconsolidados, condições hidrogeológicas, potencial mineral, ocupação atual e dados climáticos. Para a Escala Regional e Semi-detalhada a finalidade consiste no auxílio à ocupação e na melhor maneira de executá-la. A diferença entre as escalas regional e semi-detalhada reside no maior detalhamento desta, com manutenção dos mesmos atributos. Estes são: materiais inconsolidados e/ou rochosos, geomorfologia, condições hidrogeológicas e hidrológicas, forma de ocupação, dados climáticos e ação antrópica.

    Com base em outras sistemáticas, Zuquette (1987) propos a apresentação das informações em: Mapas das Condições Geotécnicas, onde as informações são apresentadas sem a separação em unidades homogêneas, sendo os mais indicados para os mapas de escalas gerais; Mapas de Zoneamento Geotécnico Geral, que representam as condições do meio físico através de unidades homogêneas, não considerando uma finalidade específica; e Mapas de Zoneamento Geotécnico Específico, onde as unidades homogêneas são caracterizadas em função de uma finalidade específica. São indicados para escalas maiores que 1:50.000.







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